sexta-feira, 19 de julho de 2013

O Ódio e O Amor Andam Lado a Lado

Você me odeia. 
Você me arrasta para seu covil sujo e tenta poluir minha mente, tenta me causar um derrame, me enlouquecer. Tenta me fazer engolir seu vinho amargo, fumar do seu cigarro e ir me levar pra morte junto com você. 
Mas pra mim chega, eu não quero. 
Se afaste de mim, não aproxime seus lábios de mim. 
Você suga minha energia e come da minha carne. 
Suja! 
Eu descobri algo melhor, bem melhor... 
Algo que me faz chegar ao céu em segundos, algo melhor que qualquer coisa que você deu para mim. 
O que são aqueles malditos orgasmos perto de tal? 
Eu amo, não você, mas ela... 
Pura... 
E ela me ama também... Acho. 

Vá, vá embora... Me deixe.
Eu também mereço ser feliz.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Pane no sistema, alguém me desconfigurou...

"Olhe, um erro aqui, um erro ali. Não é o que esperávamos quando o montamos, vamos leva-lo em um técnico."
Querem me ajudar o me robotizar?
Não sou um robô, não sou uma criação sua. Não necessito de concerto!
Todo mundo tem seus erros e este é o seu. Quem sabe quem precisa ser concertado seja você!
Eu sou um ser humano, eu sei que sou...
Você quer me calar, mas não vai!

domingo, 7 de julho de 2013

Você gostou? Fui eu quem fiz!

Ele entrou em depressão
Ela começou a se cortar
Eles pararam de frequentar os mesmos lugares
Elas precisaram de terapia
Os outros dizem que tudo isso é culpa minha
Mas tudo que eu fiz foi morrer.

Por que tudo isso aconteceria por um simples fato como este?
Antes não parecia importar tanto...

sábado, 6 de julho de 2013

Umas Garrafas de Vinho...

Vinho, velas e ele a esperavam entre 4 paredes, ela finalmente aparecera depois de muita enrolação e imprevistos.
O vinho aos poucos ia acabando e o tesão aumentando e logo se entregaram um ao outro.
O sexo era bom e tinha uma dosagem sentimental, embora não muita.
Ele sentia que ela era só dele, mesmo que ela tenha esclarecido e não se passava de sexo.
E ela sentia o mesmo, mas se restringia ao máximo.
As velas foram se apagando aos poucos, até só restar uma, que foi apagada por um sopro e o momento continuou na escuridão.

Ela se virou de lado e o observou, ambos ofegantes, não totalmente satisfeitos. Ela lhe disse algo que ele não prestara muita atenção e algo ali foi iniciado, com lágrimas, depressão e até mesmo esperança.

Ela saiu do banho e o viu dormindo na cama, sorriu e se vestiu para sair.
Depois o acordou, que atordoado estava por causa do vinho e lá se foram eles.

Chegou o momento, cada um foi para um lado, ele descansar em sua própria casa e ela curtir a noite.

Brigas, música, dança e risos, já era de tarde quando ela chegou em casa, entrou em seu quarto e observou as garrafas vazias de vinho, deitou em sua cama que exalava sexo e descansou...

[Créditos à Miilk pelo título]

Aquele Velho Violoncelista....

Toda vez que passava na praça, observava um velho homem tocando seu violoncelo, recusando os trocados, apenas tocando, sempre o achei maluco.

Uma vez, por curiosidade, parei para ouvir este velho tocar em uma praça, sentei e fiquei a devagar com sua melodia, até que ele veio a mim, sem mais nem menos e puxou um assunto. Começamos a conversar e ele pediu-me permissão para uma história, e eu lhe dei.

"Lembro-me disto como se fosse ontem, das vezes que meu coração sorriu, cantarolou e sapateou, coisa que este velho e humilde coração já não tens mais o direito.

Eu era jovem, violoncelista, um instrumento que não é tão admirado quando tocado solo.

Lembro de arrastar o meu instrumento para tudo que é lugar, lustra-lo e mostra-lo para todos e até tentar arrancar alguns trocados, tocando.

Todos os dias as dez horas da manhã, lá estava eu.

Muitos paravam para ouvir, mas nenhum ficava, até que ela chegou.

Doce sorriso de menina, com a sensualidade de uma cigana, ela parou ali para me ver tocar, eu não podia reparar na mesma, mas todas as pausas que fazia era para dar atenção a ela.

Todos os dias, ela vinha logo cedo, quando eu chegava, sentava-se no banco da praça e me ouvia tocar até a noite.

Meus dedos percorriam lentamente o violoncelo, fazendo os acordes e lhe tratando como se trata uma virgem em sua primeira vez. Eu tocava com o coração e meu coração era dela. 

Ela sorria ao meu ouvir tocar e eu tocava só para faze-la sorrir.

Nunca nos falamos, mas sempre trocávamos sorrisos e olhares e o mais importante, o amor pela música.

Até que um dia ela não foi me ouvir tocar, naquele dia fiquei confuso e fiquei pensando onde estaria a moça tão bela que me honrava com sua presença todos os dias.

Semanas se passaram e ela continuava ausente, neste momento, eu sofria de angústia. Não sabia onde morava, o que lhe tinha acontecido, não sabia nem mesmo o seu nome.

Minha música linda foi ficando, a cada dia, mais triste e mais feia, assim como meu coração, mais triste e amargurado.

Um dia, angustiado vi uma madame muito parecida com a moça acompanhada de um cavaleiro, aquilo me deixou furioso. Toquei com ódio, usei meu instrumento como se fosse uma prostituta barata e lhe arrebentei as cordas.

Já tinha desistido de ver a moça novamente e parei de ir tocar, grande erro meu, grande erro.

Acontece que a moça estava doente e esta era a causa de sua ausência, sua doença era fatal e no dia de sua morte, ela se esforçou e andou até aquele banco de praça e me esperou o dia inteiro, mas eu não apareci.

Fiquei sabendo disso tudo graças a um bom menino que sentara junto a moça naquele dia e me contara tudo quando voltei para aquela praça.

Me sinto arrependido de nunca ter conhecido-a mais a fundo, mas ainda mais de não ter lhe dado uma última música para ela.

Mas continuo a tocar."

Perguntei a ele: "Por que continuas a tocar? Não tocava só para agrada-la?"

E ele sorriu e respondeu: "E por isso toco, para agrada-la. Agora, por favor, me dê licença."

Então, ele se levantou e começou a tocar uma linda melodia.